18 de dezembro de 2011

Vasos Quebrados.



Havia muitas pessoas ao seu redor, falavam demasiadamente sobre muitas coisas. Mas não entendia nada. Estava perdida no seu próprio mundo, de faz de conta, talvez. Tentava consertar vasos quebrados, vasos que ela guardou com o passar do tempo e nunca soube consertar. Ela sabia o que fazer, e por algum motivo nunca o fazia. Não sabia dar novas cores aos vasos, quem diria consertá-los. Tinha a sensação de ser um fragmento pré-histórico, um pedaço de um corpo vazio e distante, deixado em algum lugar do tempo. Ainda estava viva. Sim, ela respirava, ainda respirava. Mas era apenas um pedaço de um corpo mutilado, não sei se vivo ou morto. 

(Imagem de Kurt Halsey Frederiksen)

6 de dezembro de 2011

Pequeno Veleiro.



Estava velejando em um barquinho todo esse tempo tentando segurar as rédeas. Tentando resistir ao impulso de olhar o caminho deixado que era forte como as ondas. 
Alguns que partiram com ela, desistiram de conhecer o mundo e se jogaram em alto-mar. Tentava fechar os olhos para não ver, já estava desabando em lágrimas. Que decepção! Seus olhos ficaram embaçados como vidro enevoado, perdeu a direção do barco por algum tempo, velejou por linhas tortas, colocou a vida de quem amava e restava em risco, fez com que outros desistissem e também pulassem para o mar. Quase fez com que ela, por um instante, desistisse do mundo e largasse o barquinho ali mesmo, perdido na devassidão do oceano até que pudesse encontrar o caminho certo. Mas não desistiu. Tentou controlar as lágrimas, assim como tentou controlar o barquinho no meio de uma tempestade no fim da tarde. 
Que se dane o amor.

6 de novembro de 2011

Poliana.



Poliana se engasgava com lágrimas com a intenção de evitar que elas extrapolassem e chamassem a atenção de curiosos. Sangrava por dentro e quem sente dor não costuma rir. Mas ela ria, e ria alto. Ria da sua própria dor, ria na cara dela.
Não poderia deixar tantas portas se fecharem para sempre na sua frente. Então engolia o passado, o choro salgado e descontrolado, engolia sangue e engolia a chave que havia usado para trancar a sua caixa de recordações. Ainda não foi feita a digestão. Enquanto isso, atravessava portas e trilhava caminhos. Eram muitos. Uma imensidão. Ás vezes se perdia, remetia passos para voltar, mas tornava a seguir adiante outra vez.
Enquanto caminhava por estradas esburacadas, por vezes alguém lhe dizia que o caminho era longo demais, e lhe aconselhava a voltar. Não importa o quão longe seja, a única coisa que desejava era chegar ao seu tão sonhado destino, por mais que seus passos estivessem já trôpegos, por mais que seus pés estivessem machucados. 
Poliana sempre se perdia. Perdia a si mesmo. Os caminhos volta e meia imitavam um labirinto, mas Poliana tentava encontrar o caminho certo, tentava encontrar a si mesma.

13 de outubro de 2011

Árvore testemunha.



Estava andando pela estrada quando olhei para as colinas, e me lembrei de quando ainda éramos um do outro... me lembrei de quando caminhávamos até lá, e ficávamos esperando o sol tímido aparecer. Mas não pense que chegar ao topo da colina foi uma tarefa fácil. Não foi. Mas aquilo era o cansaço mais perfeito que eu poderia sentir. Deixemos de lembranças... elas não vão fazer com que tudo volte a ser como era antes.
Não quis dar o trabalho de subir as colinas, o cansaço não iria ser perfeito. Você não estava mais comigo. E o amanhecer não teria as mesmas cores. Venho aqui, estou só, nada é a mesma coisa.
Me lembrei da árvore, a árvore que continha os nossos nomes gravados. Aquela árvore foi testemunha do nosso amor. Como sou atrevido! Me arrisco a derrubar algumas ou uma porção de lágrimas pela grama. Oh! Me desculpe dona grama! Essas coisas do coração eu não consigo controlar!
Mas vejamos o que interessa, o que sacie a minha curiosidade: a árvore. Eu estive procurando a árvore testemunha quando me ocorreu uma ideia: E se a árvore não mais existisse? Pois como sabes, as árvores também são vítimas do homem! Ela poderia ter sido derrubada, justo ela que foi nossa sombra, justo ela que continha meu nome junto ao seu. Lá está ela! Está viva! A árvore testemunha, um pedacinho do nosso amor, escondida entre as suas amigas, escondida entre as colinas. 
...
Volto para minha estrada... cambaleando, pois minha visão está embaçada, e estou aborrecendo a dona grama com as minhas lágrimas descontroladas. Espero que ao menos ela me entenda e me perdoe...
Estou cansado, e esse cansaço de agora é como uma facada nas costas. 
Queria que isso fosse um pesadelo, e queria ser acordado por você deste sonho ruim.


(Imagem de Kurt Halsey Frederiksen)

5 de outubro de 2011

Agridoce.



Talvez o sabor da lembrança seja agridoce. Agridoce como o teu perfume. Talvez a cor da lembrança seja cor de amêndoa, a cor dos teus olhos. Talvez a sensação da lembrança apesar de agridoce, seja áspera, áspera como era o roçar da tua barba mal feita no meu rosto. Talvez a lembrança seja isso, tenha sabor fundo de mel, mas é áspera como espinhos pontiagudos roçando no peito. Eu preferia o roçar da tua barba mal feita... 

26 de setembro de 2011

Madrugada sabor tempestade.


E eu pensando que havia soprado a tempestade pra longe, mas me parece que o lugar onde ela tenha se assentado não era seguro o bastante, então ela veio novamente ao meu encontro. Certamente pegou carona com o vento. Sim, O VENTO. Ou talvez ela não tenha se assentado em lugar nenhum. Porém agora ela parece ter se acalmado, não quis pousar sobre meus ombros cansados, mas ela veio ao meu encontro, ela está aqui, na minha frente. Pelo que vejo, o meu sopro não foi forte o bastante da última vez que a mandei ir embora. Por favor, vá. Siga o seu caminho. Não me atormente, as nuvens já estão densas demais. 

25 de setembro de 2011

Maldito vento, maldito física e maldita novela mexicana.

Decepções, arrependimento, remorso, saudade, e como acompanhamento de um louco desesperado, vem a vontade de se matar. Toma todos os calmantes que há dentro do fundo da gaveta, sem avisar à ninguém da família que corre risco de morrer por overdose. Então você engole os comprimidos, sente o coração bater mais rápido, começa a suar, e pensa: “Pronto, vou morrer mesmo! Mas eu não quero isso pra mim! Socorro o que que eu faço?!” Daí você assusta a família inteira, recebe uns puxões de orelha, é chamado de desequilibrado, é obrigado a tomar injeções. E começa a perceber que essa não é a melhor ideia para se suicidar, aliás você percebe que não queria se suicidar na verdade.
Depois de algum tempo você supera tudo, não tem mais vontade de se matar e nem mesmo de se automutilar, você percebe o sentido da vida, tem aquela maior vontade viver, e consegue enxergar felicidade até mesmo nos seus defeitos. Que vida bela, cor de rosa, que A-LE-GRI-A! Então os quilômetros decidem me distanciar das pessoas que eu convivi durante muito tempo, ele decidi criar barreiras, e ainda escreve grande na minha testa a palavra saudade. Ok, eu consigo superar isso também, além é claro da saudade de saber que nunca mais poderei ver/ouvir a voz/sentir o cheiro da pessoa que eu mais amo, a pessoa que me levou para conhecer lugares novos, que trazia livros de presente, que deixava eu tomar sorvete com pneumonia, que trazia cookies de chocolate na hora do almoço, que chegava de viagem com a barba por roçar no meu rosto, que me levava para viajar, meu amigo, meu companheiro, a pessoa que me gerou. Você tenta enterrar tudo com blocos de concreto, tenta não lembrar de nada, deixa tudo guardado em uma caixa velha trancada às chaves. Mas o vento, o vento que era meu amigo, meu companheiro, meu refúgio, meu PONTO DE PAZ, decide trazer as lembranças que deixei trancada ás chaves e enterrada com blocos de concreto, mas o vento então (até o vento!), trai a minha confiança, trazendo todas elas de volta como pedra na minha cara, eu me desvio sem sucesso, e ele ainda tem a brutalidade de continuar me esfregando. “Ótimo”. Não consigo me concentrar, não consigo entender física óptica, refração da luz, etc etc etc. Mas ok.
Então você não consegue se conformar que você não pode ser perfeita em tudo, que não consegue nem mesmo guardar os sentimentos e as lembranças que o maldito e traidor vento trouxe. Não consegue se dominar, se sente pisoteado, destroçado e definitivamente acabado com ela. E vêm novamente a involuntária vontade de fazer mais uma novela mexicana de dramas inexoráveis. Se sente um inútil por nem mesmo conseguir dominar ou simular as suas próprias e malditas emoções.
Dá dois passos para a frente, um para trás, dois para frente, e de repente dois para trás, e você avança e dá um passo pra frente, mostrando quem é que manda. Sempre assim. 
É um ciclo vicioso, que irá perdurar durante uma vida inteira. É uma novela mexicana que nunca acaba.

19 de setembro de 2011

Primavera.



Primavera chegou. Não a primavera necessariamente dita, mas a primavera que eu mesma trouxe presa por alguns de meus cordões. Trago ela juntinha de mim como se ela fosse meus balões de aniversário, tomarei todo o meu cuidado para que eles não se soltem, e não estourem quando a pressão for grande demais. 

4 de setembro de 2011

Pés trilhados.



Para onde você vai? Eu não sei, sigo um caminho cheio de ramificações, e deixo os meus pés livres para escolher o caminho onde desejam trilhar. Não sei se sigo aquele ou este lugar, não tenho planos, tenho apenas sonhos, e meus pés estão livres para trilhar. 
Não tenho nenhum mapa em mãos, não sei nome de lugares, não sei distância, não sei nenhuma condição matemática ou geográfica. Não sei se sigo a direção norte, ou sul, leste ou oeste, na verdade nem sei mesmo onde estou. Me perdi na devassidão de um mundo cheio de sonhos.
Eu deveria estar lutando pelos meus objetivos materiais, que é o que a sociedade faz, deveria ter acordado e encarado o trânsito corriqueiro, as pessoas mal humoradas, para depois chegar em casa depois de um longo dia cansativo, e no final do mês eu receber a minha recompensa. E nesse meio fio eu iria acumular meu capital. E quando já me desse conta, anos iriam se passar, e tudo o que soube fazer, foi ter me preocupado com a quantidade de capital. Mas desde quando eu ligo para os padrões da sociedade? E desde quando a vida é feita somente de objetivos materiais?
Onde mesmo eu estava? Ah sim, voltando para minha estrada. Não sei que estrada, não sei se estava realmente voltando, ou se estava indo de passagem. Mas ao contrário do resto do universo, não esqueci de viver, não esqueci a quantidade de coisas que o mundo esconde, e que muitas pessoas ainda não descobriram. 
Meus passos não são apressados, na verdade eu não tenho pressa, enquanto os meus pés trilham por si mesmos, eu observo o mundo ao meu redor, e que mundo!

21 de agosto de 2011

Memórias que jamais desbotarão.

Gostaria de sair pelo portão de casa, correr e atravessar estradas, oceanos e milhas de distâncias. Correr e correr...
Querido leitor, neste exato instante você deve estar me julgando pelo exagero de minha utopia, mas essas palavras que escrevo, não escrevo em vão e a minha vontade de correr também não é em vão.
A força que há em mim é tamanha que não há mais espaço. A força de querer todas as pessoas que eu amo perto de mim e abraçá-las, uma, duas, três vezes, e se eu pudesse passaria a eternidade abraçando as pessoas que eu amo tanto, e que talvez elas mesmas nem saibam o tamanho desse meu amor. Queria esquecer das fronteiras, esquecer de todas as outras coisas sem tanta importância, e correr atrás das pessoas que eu amo tanto.  
Os anos têm corrido contra mim, mas não tem apagado as minhas memórias, doces memórias, ao contrário disso. Os anos, os meses, os dias, as horas, os segundos tem reavivado todas as lembranças que eu até havia esquecido.
Meus amados, passe o tempo que for, os papéis de suas cartas estarão amarelados, os presentes estarão desbotados e rasgados, talvez eu tenha o descuido de tê-los perdido, mas o meu amor não... esse nunca vai desbotar.

18 de agosto de 2011

Eu na Terra, você no céu.

Eu na Terra, você no céu. Enquanto você se diverte com seus novos amigos e desfruta de um lugar que certamente deve estar louco para me segredar, eu vou subindo os degraus para transformar os meus sonhos tão sonhados em realidade.
Feliz é sua adorada menina, transformando ela está a todo momento, com firmeza mas ao mesmo instante com muita delicadeza, aos pouquinhos ela se desabrocha, se revela e ultrapassa os espinhos que a rodeiam. Confesso que os espinhos me machucaram durante algum tempo, e estou certa de que ainda vai machucar.
Permaneci um bom tempo no casulo, mas cansada da vida morta e sem graça, resolvi sair. Apesar de não possuir asas como as borboletas, decidi alçar grandes voos (me refiro aos meus sonhos, que são muitos), decidi me revelar, me descobrir e redescobrir. Decidi viver, e deixar ser eu mesma. Não voltei para o casulo, nem pretendo voltar. Desde quando sai, o meu desejo é voar cada vez mais alto, não importa quão alto eu alcance, se eu cair, vou voar de novo. Por mais que minhas asas estejam machucadas, vou voar como posso. E ei de vencer. Assim chegarei ao ápice do meu degrau. Mas para ser sincera, minha meta não é atingir o ápice, e sim sentir o sabor de cada sonho vivido e realizado, porque o que me traz felicidade não é o que hei de conquistar e sim o que tenho conquistado agora.
O casulo me trazia uma vida sem riscos, como também era uma vida apagada. Apesar de agora haver muitos riscos (que é de menor importância), pelo menos agora vivo. 

Tempestade.


Dei um sopro forte e levei embora as nuvens negras que haviam pairado sobre meus ombros, e que aos pouquinhos fui espantando-os. Admito que  já estava cansada para suportar tamanha pressão até que um dia disse para mim mesma que eu era muito mais forte que a tempestade e que poderia mandá-la embora para o mais distante possível e que ela pudesse encontrar um lugar para se assentar. Era apenas uma questão de querer, e eu não queria servir de apoio para algo que sabia que não era meu.
Mandar a tempestade ir embora é mais fácil do que imaginava, basta soprar e ela vai longe. Mas sopre forte, com vontade. Por mais que ela esteja pesada, ela com certeza não é mais forte que você e sua vontade de querer ver a luz do sol se irradiando para todos os lados.
Ela foi embora, e neste exato instante, ela se assentou em algum lugar e creio que não volta, pois provavelmente ela ficou amedrontada com meu sopro forte.

15 de agosto de 2011

O que há por trás da pobreza dos países africanos...


Grande parte dos países africanos sofrem com a pobreza, a fome e a miséria, estamos cansados de saber mas não paramos pra pensar no verdadeiro porque disso. É claro, que falta investimentos na área de saúde, educação à essas famílias, nós sabemos que elas possuem grande quantidade de filhos, devido à falta de informação e métodos anticonceptivos, mas talvez ainda não tenhamos notado o “outro lado da moeda”. Talvez você leitor não tenha ainda visto que a cultura, e religião de muitas dessas famílias, não aceitam métodos anticonceptivos e nem mesmo os próprios preservativos que previnem contra doenças sexualmente transmissíveis, pois isso vai “contra” a sua religião e a vontade Deus, segundo eles. Então chegamos a grotesca conclusão (mas verdadeira), que essa pobreza dominante ocorre por causa das próprias pessoas.
Ora, Deus provavelmente não trouxe seres humanos ao mundo para passarem fome, e viverem na miséria, a vontade de Deus, é que todos possam ser felizes em sua passagem aqui na Terra, o que seria impossível com um grande números de filhos para tão pouco alimento e sem mínimas condições de higiene, saúde e até mesmo moradia. Esse tipo de assunto envolve assuntos delicados como a religião, que eu respeito cada uma em si, é claro, mas o que podemos concluir é que essa pobreza parte das próprias pessoas que sofrem com esse problema. Se um dia desejarem realmente uma condição de vida melhor, isso deveria começar por ter menos filhos enquanto as condições de vida não permitem que eles tenham uma boa saúde e alimentação.

25 de julho de 2011

Asas Quebradas

Entre muralhas de ferro
Asas quebradas
Quebraram minhas asas
Machucaram
Pisotearam
Me pegaram de surpresa
Como se já não bastasse
Ver minhas asas machucadas
Golpearam meu órgão pulsante
Aquele que chamo de coração
Mas como se não bastasse
Poças de sangue espalhadas pelo chão...
Pisotearam meu coração
Pisotearam
Pisotearam mais uma vez
Já não podia voar
Já não podia respirar...
Me deixaram sem defesa
E era bom me ver assim...

(Ouvindo Ready to Start - Arcade Fire)

8 de abril de 2011

Sabe porque a educação brasileira é tão precária?

Pois as pessoas que não sabem criticar e cobrar pelos seus direitos são mais fáceis de serem manipuladas. O governo evita ao máximo educar o lado crítico de crianças e jovens que futuramente possam representar "perigo" à eles. 
É por isso que a qualidade do ensino no Brasil é péssima, isso nós não podemos negar. 
E sabe porque há tantas chances de o aluno passar de ano escolar? Pois, quanto menos alunos "bombam" no colégio, significa para o IDEB (índice de desenvolvimento escolar) que a educação vai "bem" no nosso país. O que não é verdade.
O que importa é o aluno "passar de ano escolar" independente dele ter aprendido ou não, é justamente por esse motivo que a educação é precária. Lembrando que alunos que não aprendem, digo: que não possuem uma visão crítica, não representam nenhum perigo à política e é facilmente manipulado, ou seja não fazem nada para mudar a realidade. E isso não pode continuar assim, é o nosso futuro que está em jogo.
Temos que mostrar para os "executivos" que esses não possuem poder para nos manipular e retirar nossos direitos diante de nós.

10 de março de 2011

Já estamos fartos!



Nós estudantes já estamos cansados de saber que aprendemos coisas no colégio que nunca vamos precisar durante a vida.
Eu sou uma estudante, e levo meus estudos à sério, mas há coisas que eu não entendo o porque de termos que aprender. Na realidade, somos forçados a aprender, a decorar, tudo isso para se "passar de ano" e tirar boas notas nos testes. Deveriam nos ensinar como ser um bom cidadão, como fazer diferença na sociedade, nos acordar para sermos uma geração consciente.
Há tantas perguntas sem respostas, mas não podemos nos acomodar à isso.