12 de dezembro de 2012

Não sei o que dizer.

Não quero encher adjetivos, não existe nenhum que seja digno de descrever as coisas mais simples e incríveis da vida. Talvez o silêncio seja ideal.
E hoje foi um desses dias que acompanhamos calados, sem saber porque as coisas que talvez não conseguia crer, são explicadas como um filme com início, meio e fim. Um daqueles filmes que você termina de assistir, sem conseguir explicar direito o que aconteceu, apesar de ter entendido.
Muito tempo é gasto planejando como queremos o futuro nos seus mínimos detalhes, e isso até um limite é saudável e tem força para se transformar em realidade. Por outro, eu mesma esqueci que todo esse tempo não vivia o agora. Uma frase muito clichê, mas que quando lembrada sabemos que não somos nada, e que talvez nem amanhã estaremos aqui para prestigiar esses mesmos momentos simples.
Esforço para conseguir passar no vestibular, esforço para terminar a faculdade, á custo de trabalhar para um empresa capitalista onde a mais valia é o que importa. Citei capitalismo, mas talvez socialismo tenha a mesma essência de exploração mascarada, ou talvez pior. Não sei, porque nunca presenciei de perto. Faz parte da vida, do mesmo jeito que faz parte esquecer que talvez não acordaremos amanhã. O sentido da vida eu não sei, e acho que a maioria morre sem descobrir. É como se todo esforço fosse jogado fora. Mas talvez, essas pessoas tivessem usado as palavras certas que seriam essenciais para carregar na alma de quem as ouvisse, antes de isso acontecer. E todo seu esforço por mais breves que foram os segundos, não foram jogados fora. Não voltam, mas ficarão gravados como uma pedacinho de saudade aqui e ali, que duram a vida toda como uma lição para você mesmo. 


Desaparecida desde agosto.

Por onde andava eu? Não sei, durante todo esse tempo eu tentei encontrar o caminho por onde gostaria de traçar. Encontrei o caminho, mas ainda não encontrei o lugar. 
Não tive muito tempo para escrever, na verdade mesmo, eu até tive. Motivos para escrever também tive muitos, não que tenha que haver um motivo para alguém escrever. Mas eu por exemplo, sempre preciso desabafar de alguma forma, no caso uma delas é a escrita. Por um lado, também tive receio de escrever coisas muito minhas. Agora tanto faz, não me importo mais. Afinal eu escrevo em primeiro lugar para mim, e para quem gosta de ler meus textos.
Então daqui pra frente, tudo será muito meu, à gosto.